segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

UNEARTHLY: BANDA INICIA COMPOSIÇÃO DO NOVO ÁLBUM


Electronic Press Kit: http://www.metalmedia.com.br/unearthly/ 


Depois de provar seu poder de fogo mundialmente através de mais uma turnê Brasil/Europa e do lançamento de seu DVD, o UNEARTHLY prepara seu novo trabalho.

Se superar o clássico ‘Age Of Chaos’ de 2009 já foi uma missão complexa, o vindouro disco terá que superar também o mais recente – e também clássico nacional – ‘Flagellum Dei’ que consolidou de vez o nome do quarteto carioca como o maior nome do Black Metal nacional no momento e uma das principais bandas da história deste país.

Para isso o grupo está concentradíssimo nas composições inclusive revendo seus primeiros álbuns para reiterar a essência do UNEARTHLY. O baixista M.Mictian explica melhor:

“Já temos várias canções e letras prontas e o álbum está bem adiantado nesse quesito, acredito que estamos buscando uma sonoridade do ‘Infernum – Prelude To A New Reign’ com mais sofisticação. Eu diria que é uma mistura do ‘Flagellum Dei’ com nosso primeiro álbum.”

Em breve o grupo deve anunciar mais detalhes e prováveis participações especiais do trabalho. Fiquem ligados.

Para quem não tem ainda o DVD ‘Baptizing The East in Blood’, confira uma música retirada do trabalho:

http://www.youtube.com/watch?v=ea3QVDGnl_s

Contato para shows e merchandise: shows@theunearthly.com

Sites Relacionados:
www.theunearthly.com
www.facebook.com/unearthly.official
www.metalmedia.com.br/unearthly

Fonte: Metal Media

domingo, 29 de setembro de 2013

IGUANAS: NA ESTRADA COM O 2º ÁLBUM "RESPOSTAS CERTAS PARA PERGUNTAS ERRADAS"

Confira entrevista realizada com o Iguanas banda de Punk/HC da região do Estado do Rio, a primeira do estilo entrevistada pelo Over Metal.

Confira!



Filipe Lima (F.L.) - Faça um resumo da história do Iguanas até aqui!

Carlos: Eu era editor de um fanzine sobre música alternativa, o Hate Zine, e estava fazendo faculdade de Comunicação, mas o que eu queria mesmo era tocar e compor. Foi quando me falaram do Jean, um cara que tocava baixo e curtia Nirvana e Ramones, achei perfeito já que eu procurava um baixista e seu gosto musical vinha de encontro ao meu, o procurei, fiz a proposta, ele aceitou e chamamos o Lando Valério para baterista, deixei a faculdade e o zine e formamos a banda.
O Nome Iguanas, na época eu estava lendo o livro “Mate me, por favor,” e as melhores partes eram sobre o Iggy Pop, também chamado de o Iguana, então decidi por Iguanas, achando que estava sendo genial, anos mais tarde fui descobrir que o Iggy Pop quando adolescente tocava bateria numa banda chamada Iguanas, e que havia dezenas de bandas com o mesmo nome pelo mundo afora, mas já era tarde pra mudar, rs.
Com a banda formada combinamos de não tocar cover e já começar compondo nossas músicas e então com 3 meses tínhamos 7 músicas prontas, fizemos o primeiro show e já no segundo as pessoas queriam o CD no final do show, então gravamos o “Música Tosca Para Quem Tem Pressa”, era tudo muito sem pretensão, mas o retorno foi tão legal, que logo gravamos um segundo CD demo: “Avalanche”, nesta época o Freakshow, festival do qual sou um dos produtores, havia estourado e consumia todo meu tempo, tivemos que adiar o lançamento do 1º CD oficial para 2005, quando saiu o “Aditivo”. Depois da turnê do Aditivo o Lando deixou a banda, entrou o Rafael Fralda, saiu, entrou o André Leal, que ficou apenas 1 ano na banda, em 2012, lançamos nosso segundo CD “Respostas Certas Para Perguntas Erradas”, em 2013, o Rafael Fralda voltou pra banda.

F.L. - Bandas que são e foram influências ao longo do tempo?
Carlos: É uma mistura de bandas punk e rock alternativo: Nirvana, Ramones, Sex Pistols, Husker Du, Sonic Youth, Pixies, Stooges, The Clash.

F.L. - Processo de gravação do "Respostas Certas Para Perguntas Erradas", fale do processo!
Carlos: Gravamos no EME estúdio, temos uma maneira muito peculiar de gravar e sempre gravamos muito rápido, mas o processo de mixagem foi mais detalhado e lento, e ficou a cargo do Diogo Macedo e Lucas Macedo, que são excelentes e perfeccionistas ao extremo, acho que ficou ótimo! Em 2012, quando o CD já estava pronto, gravamos mais 2 músicas, “Respostas Certas” e “Não Fique Inerte”, no Jukebox estúdio, com o André Leal, que na época era nosso baterista.
F.L. - Rafael Fralda substituiu Lando Valério, saiu e retornou recentemente? O que isso altera na estrutura musical da banda?
Carlos: O Fralda é uma referência na cena alternativa de Resende, seja tocando em diversas bandas, ou organizando eventos, eu o admiro. Ele acrescentou um lance mais cadenciado às músicas, uma bateria mais trabalhada e contida nos acalmou um pouco, se continuássemos no ritmo punk do primeiro álbum, nenhum baterista ficaria com a gente, rs

F.L. - Qual a avaliação da banda quanto à evolução obtida em relação ao álbum "Aditivo" para o "Respostas Certas...?
Carlos: Gosto muito dos 2 álbuns, acho que tivemos uma mudança natural, até porque trocamos de baterista e isso num trio influência muito, evoluímos na maneira de gravar, também houve uma evolução na arte do CD, que acho que finalmente nos representou de uma maneira muito legal.

F.L. - Ao que vocês atribuem esse espaço de 7 anos entre o 1º CD Full "Aditivo" e o 2º "Respostas certas..."?
Carlos: Não dá pra acreditar que passou tanto tempo, ainda mais pra quem começou lançando Demo-CD com 3 meses de existência, mas depois do lançamento do Aditivo, ficamos 2 anos tocando e divulgando em diversos estados do Brasil, então o Lando saiu, depois de um tempo entrou o Fralda, então fomos logo compondo, e não demorou muito para termos um material para um CD completo, porém, nessa mesma época fomos contemplados com a lei de incentivo a cultura, era a grande chance de gravar um CD com maior qualidade, e abraçamos a idéia, mas aí surgiu à demora, o processo levou 4 anos para finalmente ficar concluído e liberar a gravação do CD, somando aos 2 anos de divulgação do primeiro CD, mas um ano de problemas pessoais e produção do CD, foram 7 longos anos, mas valeu à pena!

F.L. - A divulgação desse novo trabalho está sendo de forma independente ou existem parceiros?
Carlos: Sempre divulgamos de forma totalmente independente, no primeiro CD tivemos grandes oportunidades de grandes parcerias, mas éramos muito radicais na época, e hoje já não se divulga tanto assim CD, as coisas acontecem muito pela internet, por mp3. , o que é uma pena e inviabiliza muitas parcerias.

F.L. - As letras da banda levantam alguns questionamentos e reflexões.  O que inspira a banda ao escrever uma letra e qual o objetivo do Iguanas com suas letras ao alcançar o público?
Carlos: No início da banda a intenção era ser o mais diferente possível, não ser óbvio, por isso eu escrevia sobre OVNIs, garotas que vivem de forma alternativa. No segundo CD ficamos mais diretos, tem coisas mais pessoais, mas mesmo assim são escritas de uma forma não muito convencional, como “Rubor”, e ainda temos temas diferentes como “Serotonina”. Não gostamos de nada muito lugar comum, no início da banda a gente cantava gritando pra diferenciar das bandas melódicas.
Tentamos atingir o público de uma maneira sutil, mas que o faça pensar, refletir e melhorar, ter boa autoestima, atitude... Acho que a capa do “Respostas Certas Para Pergunta Erradas” mostra um pouco disso.

F.L. - Quais são os grandes desafios para o Iguanas manter-se ativo produzindo, gravando e pegando estrada fazendo shows?
Carlos: Sem dúvida o maior desafio é conciliar o tempo de todos os integrantes, todos trabalham, estudam, namoram, organizam eventos, tocam em outras bandas. Mas a gente sempre consegue um jeito de ensaiar e tocar.

F.L. - Em mais de 10 anos de banda quais são as lições aprendidas?
Carlos: São tantas, acho que nem dá pra listar, mas talvez a mais importante tenha sido descobrir que não dá pra ser muito inocente, nem apenas idealista, é preciso saber conciliar o seu sonho com o mundo real, senão você não sobrevive.

F.L. - Pra descontrair, Compartilhe algumas histórias inusitadas, cômicas vividas ao longo desse tempo pegando a estrada?
Carlos: Tem tantas, mas a gente nunca lembra as nossas mancadas, lembro mais as do Lando, que eram muito engraçadas, ele sempre foi o que mais bebia na banda. Quando fomos tocar em Goiânia, viajamos de carro cerca de 1.200 km, e durante todo o percurso ele foi bebendo, principalmente bebidas exóticas e de cor azul, rs. Depois do nosso show, ficamos na banca de CD, vendendo e fazendo contatos, o produtor Miranda estava lá visitando as bancas, então ficamos esperando, ele foi produtor dos Raimundos, e seria interessante conversar com ele e até trabalhar juntos, se ele quisesse. Aconteceu um imprevisto e tivemos que sair da banca por alguns minutos, o Lando ficou sozinho lá, então lembrei do Miranda e voltei para a banca, perguntei o Lando como estava se tinha vendido muito, se apareceu alguém pra conversar e tal, ele com muita calma respondeu que não havia acontecido nada demais, apenas um cara estranho tinha ficado muito tempo na banca olhando o CD, e nos apontou o cara estranho: era o Miranda.
Quando fomos tocar no Garage no Rio, terminou o show e saímos do palco, como sempre o baterista se ferra e fica lá desmontando a batera, voltei ao palco e perguntei o Lando se ele precisava de ajuda, ele estava com cara de bravo e disse que teve que dar um esporro num cara que ficava enchendo o saco, tentando falar com ele enquanto ele desmontava a bateria, novamente ele mostrou o cara e era o apresentador de um programa musical da TVE.
O Lando era tão legal e tranqüilo que nada que ele fizesse deixava a gente chateado, a gente achava tudo engraçado.

F.L. - Você em parceria do Xan organizaram o Festival "Freakshow" qual o aprendizado obtido ao organizar eventos voltados para o Rock numa cena tão carente de shows com boa estrutura e organização?
Carlos: A parceria com o Xan é perfeita, temos um gosto musical e cultural em comum, nós dois éramos editores de zines, assistíamos aos mesmos shows, e organizávamos shows alternativos, então decidimos fazer o Freakshow juntos para dividir os trabalhos e dificuldades, e para ter um evento com estrutura decente, eu particularmente me preocupava muito com isso, já que tocava também.
O aprendizado é que você precisa fazer alguma coisa organizada, ter atitude, ter ética, acreditar naquilo que você faz, quando isso acontece o reconhecimento vem. E também é preciso ser divertido claro, e o Freakshow era tudo isso.

F.L. - Qual a sua opinião da estrutura dos shows independentes que acontecem em nosso underground?
Carlos: Infelizmente em muitos casos a estrutura continua deixando muito a desejar, falta organização de horários, falta equipamento, falta às vezes até um simples retorno pra voz, muitas vezes por inocência do organizador. O público novo também não é mais tão bem informado e conscientizado como antes quando havia muito mais fanzines impressos e ajudava muito na conscientização do público. Mas isso é minha visão como produtor, como banda não posso reclamar, temos um público muito consciente e bacana que sempre nos dá suporte. E também é bom lembrar que mesmo os eventos sem muita estrutura são importantes para unir público e banda, e que faz tem uma grande e importante atitude de dar espaço para coisas novas e que estão no underground, e temos que reconhecer que sem apoio é impossível fazer um evento bem estruturado.


F.L. - Fale resumidamente sobre Manifestações ocorridas desde Junho por todo o país e Reforma política no Brasil:
Carlos: Eu fico muito contente com todas essas manifestações, sempre quis isso, não sei por que demorou tanto pra acontecer e espero que não pare até termos grandes mudanças.
Reforma política é mais que necessária, o país tem muitos recursos, só não tem uma política descente, acho que as manifestações são o grande passo para acelerar a reforma.

F.L. - Quem quiser adquirir o material do Iguanas quais são os meios?
Carlos: Pode fazer download pelo www.soundcloud.com/iguanasoficial, pode assistir todos os vídeos no youtube no canal www.youtube.com/iguanas2000 ou comprar o CD pelo e-mail iguanastour@gmail.com, também pode adicionar no facebook http://www.facebook.com/iguanas.banda

F.L. - Considerações finais e recado para o público
Carlos: Obrigado pelo espaço e parabéns pelo zine! Espaços como este são muito importantes para a divulgação da banda e para o público ter informações



quinta-feira, 29 de agosto de 2013

HICSOS: THRASH METAL COM AGRESSIVIDADE, FORÇA E EXPERIÊNCIA




































O Over Metal teve a oportunidade de entrevistar a banda Hicsos numa conversa on line com Marcelo Ledd, Avito e Rossato.
Confira mais uma ótima entrevista com uma importante banda do Metal Nacional.

Hicsos é:
Marco Anvito ( Bass & Vocal ),
Antônio Sabba ( Guitar ),
Celso Rossatto ( Guitar ),
Marcelo Ledd ( Drums )

Filipe Lima (F.L.) - Obrigado por atender ao Over Metal.
Bom, duas décadas na estrada, o que foi extremamente difícil superar e o que foi/é extremamente prazeroso para o Hicsos?
Marcelo Ledd: Sempre tem coisas bem difíceis durante tanto tempo na estrada, como o lado financeiro, por exemplo, mas também o respeito dos produtores que acham que sua banda tem que ir tocar por amor e eles ganharem dinheiro com isso. Mas o que é extremamente prazeroso é subir em um palco e travar contato com os fãs, poder tocar em vários lugares, poder gravar nossa musica, isso é muito prazeroso pra mim.
Anvito: Difícil é fazer Heavy Metal no Brasil. Você tem que trabalhar dividir seu tempo com a banda e lutar por um sonho. Prazer sempre é levar nosso som pra todos os lugares, ouvir elogios e reconhecimento do público, estar em cima do palco e principalmente estar com os amigos de tantos anos no Hicsos fazendo muito barulho.
 
F.L. - A mistura Thrash/Hardcore mostra que flui muito do que vocês escutam e curtem. Quais são as grandes bandas/álbuns que foram e são referências e influência no trampo do Hicsos ao longo dessas duas décadas?
Marcelo Ledd: Na minha parte o que me influência esta dentro desse contexto do metal e hardcore, como Anthrax, Agnostic Front, Ratos de Porão, Venom, mas também tem Led Zeppelin, The Who, Black Sabbath, Rock Progressivo da década de 1970 e outras coisas brasileiras que nem tem nada a ver com rock. Álbuns como Among the Living e Brasil freqüentam meu toca disco até hoje com constancia.
Anvito: Minhas influências são: Iron Maiden, Slayer, Anthrax, Exodus, Testament e também curto as coisas mais tradicionais como: Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath e etc... Acho que no Hicsos procuramos sempre lapidar as músicas dentro do estúdio com todos juntos. Um traz o esqueleto e depois cada um coloca sua idéia, assim temos esse resultado que me agrada muito.

F.L. - Hicsos faz parte de um grupo pequeno de bandas com origem no Rio de Janeiro que tem mais de 20 anos de atividade na cena underground, ao que se deve isso?
Marcelo Ledd: Acho que as oportunidades não surgiram como se esperava na década de 90 e ficou esse hiato na cena carioca, a maioria das bandas que começaram junto com o Hicsos acabou no meio da década de 1990 e alguns voltaram recentemente nos anos 2000, mas o Hicso sempre acreditou na própria musica e mesmo trocando de integrantes diversas vezes se manteve na estrada aproveitando todas as oportunidades que surgiam o tesão de fazer esse som vai nos levar tocando até estarmos mortos.
Anvito: Acho que nós gostamos demais do que fazemos e conseguimos de uma maneira ou outra separar os problemas externos da vontade de fazer Metal. A amizade dos integrantes também conta muito. E acima de tudo temos muito tesão em fazer isso tudo. Acredito que só vamos parar quando o corpo não nos deixar mais fazer.

F.L. - Como surgiu e se concretizou o contrato com a Laser Company?
Marcelo Ledd: Mandamos nosso material pra eles há algum tempo, eles já conheciam a banda através do álbum anterior e depois de algumas conversas, fechamos o contrato.
Rossatto: Cheguei ao final das conversações com a "Laser Company", mas deu para vivenciar toda a seriedade e profissionalismo que é fazer parte de algo "maior". Eu já tive a oportunidade de vivenciar essas coisas quando trabalhei com o baterista Garry King, (Joe Lyn Turner e Achillea), e comparando tudo o que presenciei, vejo que a "Laser Company" viu e sentiu essa seriedade e profissionalismo na música do Hicsos e nos integrantes, principalmente na sua vontade de querer fazer as coisas acontecerem. Como diz o ditado: "Sorte é estar preparado quando a oportunidade chegar." (B. Disraeli)


F.L. - Fale do processo de gravação do novo álbum ”Circle Of Violence“!
Marcelo Ledd: Nós utilizamos o HCS Estúdio no Rio de Janeiro para gravar toda a parte instrumental, batera guitarras, baixo, etc. Depois fomos para São Paulo e concluímos o trabalho com a produção do Marcelo Pompeu e do Heros Trench no Mr. Som Studio.

F.L. - Para a realização do Circle of Violence como se desenrolou o processo de composição das músicas?
Marcelo Ledd: Ainda com o Nilmon nós compusemos todo o álbum e as letras são muito divididas, cada um escreve sobre seus temas preferidos, isso dá uma diversidade lírica à banda. Eu gosto muito de escrever sobre política e coisas do cotidiano urbano.
Anvito: Foi muito intenso esse processo de composição, o Nilmon gravava algumas coisas em casa e mandava por e-mail, daí ouvíamos e tentávamos fazer algo cada um na sua casa. Quando chegava ao estúdio começava a lapidação por todos. Teve 2 músicas bem curiosas que foram Destruction e Burn in Hell. Essas o Nilmon mandou pra mim o esqueleto delas e na hora eu curti demais o jeito que estavam, sentei na frente do computador escutando a musica e fiz as letras das duas, gravei um teste com voz e mandei de volta pra todos. Todos gostaram e elas tiveram pequenas mudanças na forma original. As outras músicas foram composições que eu, Antônio e Marcelo já tínhamos em mente e colocamos para todos darem suas opiniões. Foi muito prazeroso todo processo de gravação.

F.L. - O Metal sempre nos presenteou com grandes mestres, mas alguns já estão velhos, outros enfrentando problemas com saúde e infelizmente alguns nos deixando como Jeff Hanneman. Quais são os grandes ícones e mestres respeitados por vocês? Explique o por quê?
Marcelo Ledd: Isso é muito estranho, não só na musica, mas na vida, porque quanto mais velho você vai ficando parece que as pessoas vão morrendo ao seu redor. Isso também acontece com os ídolos da musica, por exemplo o Lemmy, porra o cara esta velho e doente, acredito que nem vai demorar muito para ele enfrentar a morte infelizmente. Teve o Dio, que foi uma perda sinistra. O próprio Hanneman. Quando éramos jovens isso nem passava pela nossa cabeça que pudesse acontecer. Porém estamos falando de musica e esses caras mesmo depois de mortos continuarão vivos pelo trabalho que ficar eu respeito muito os meus ídolos como Jimmy Page que faz muita coisa fora da musica, o próprio Lemmy que viveu sua carreira de forma honesta e simples. Mas é triste saber que daqui a pouco bandas como Judas, Iron, Saxon, Motorhead, Slayer, Anthrax, entre outras vão parar as atividades. Veja os caras do Blues, que foi onde tudo começou, praticamente não tem mais nenhum desbravador do estilo vivo, e os pais do rock também já estão no final, como o Chuck Berry que já não tem mais o mesmo pique no shows, o legal disso é que a idade do público esta aumentando junto com a idade dos músicos, quando eu era bem jovem ,meu avô nunca ouviria um som, mas hoje já tem gente na faixa dos 70 anos que curte som desde novo, isso é foda.
Anvito: Infelizmente isso faz parte da vida, nascemos, crescemos, envelhecemos e morremos. Sentimos muito quando é uma pessoa querida ou um ídolo. Fiquei triste demais com a morte do Dio, era um dos melhores vocalistas do mundo em minha opinião. Sou um dos poucos que gosta mais do Black Sabbath com Dio do que com Ozzy, mas gosto e respeito demais o Ozzy. Há pouco tempo perdemos o Jeff Hanneman, isso foi pra mim uma perda muito triste também, afinal Slayer é uma das minhas bandas favoritas e marcaram muito minha adolescência. O Iron Maiden, por exemplo, a galera está velhinha, mas cheio de disposição no palco, admiro isso, fazem um show energético até hoje.

F.L. - Citem álbuns considerados marcantes na história do metal
Marcelo Ledd: Pra mim, Among the Living (Anthrax), todos os discos do Led Zeppelin, Persistence of Time (Anthrax), Brasil e Cada dia Mais Sujo e Agressivo (RDP), Mass Illusion e Ties of Blood (Korzus), Arise e Chaos AD (Sepultura), The Number of the Beast (Iron), Angel Wicth (Angel wicth),Gottverlassen (The Mist) e por ai vai,tem mais albuns de bandas Thrash também como the Gathering do Testament... etc.

Anvito: Led Zeppelin, The Song Remains the Same, Led Zeppelin IV ( Led Zeppelin ), Machine Head, Burn, Storm Bringer e Perfect Stranger ( Deep Purple ), Number of the Beast e Somewhere in Time ( Iron Maiden), Heaven and Hell, Mob Rules ( Black Sabbath ), Among de Living ( Anthrax ), Reign in Blood, South of Heaven, Season in the Abyss ( Slayer ), The New Order, Practice What You Preach, Souls of Black ( Testament ), Bonded by Blood, Tempo of the Damned ( Exodus ), Endeless Pain, Coma of Souls, Enemy of God ( Kreator ) e etc... 
São muitos albuns que acho marcantes e fodões.

F.L. - O Metal teve uma década explosiva que foi os anos 80, principalmente para o Thrash Metal.  Como vocês avaliam o atual momento do Metal no Brasil e fora do país? Estamos no caminho certo ou tem muita mudança pra acontecer aqui no Brasil em comparação a realidade vivida fora do país?
Marcelo Ledd: acho que é um estilo em grande crescimento no mundo todo incluindo o Brasil, claro. Vejo algo parecido com a década de 1980, mas nunca mais terá aquela magia. O caminho que as bandas estão trilhando , acredito que é esse mesmo, os trabalhos feitos aqui não devem mais nada aos gringos,porém os produtores precisam melhorar também,isso será longo e doloroso, acredito que com a ajuda do público nós chegaremos lá.
Anvito: Concordo com o Marcelo e posso acrescentar que aqui no Brasil ainda falta o público valorizar mais as bandas nacionais e irem aos shows. Pagamos muito caro pra ver grandes nomes do Metal e vemos o lugar lotado, quando é um ingresso bem em conta pra assistir uma banda daqui temos na maioria das vezes pouco público.

F.L. - A banda tocou fora do Brasil qual a avaliação daquela tour?
Anvito: A Tour Européia foi sensacional. A maior das dificuldades pra mim foi o frio e o cansaço que era ficar viajando de uma cidade pra outra. Posso destacar que fiquei impressionado com a qualidade de equipamento que tocamos, todos os lugares tinham cachê e vendemos bastante material. O público é bem receptivo, te procura no final do show, querendo trocar idéia. Foi uma experiência sensacional.

F.L. - Na região Sul do Estado do Rio algumas bandas ativas na cena decidiram dar um basta e passaram a organizar seus próprios eventos por discordarem da atitude de alguns produtores. Com isso desenvolveram uma parceria que envolve bandas e o público. Como vocês avaliam iniciativas como essa?
Anvito: Eu acho positivo e espero que isso seja um início pra mudar a mentalidade dos produtores. Não é certo convidar uma banda pra tocar e pedir pra ela vender ingresso ou não pagar nada, às vezes nem água dão. Temos que ter um pensamento mais profissional com relação a isso. As bandas gastam muita grana com equipamento, manutenção, ensaio e etc.. É trabalho também, não é só diversão. As bandas fazendo seus próprios eventos, podem assim divulgar com mais afinco sabendo que se houver retorno financeiro eles vão participar também.
Rossatto: Acho que todas as bandas deveriam fazer isso, juntar forças e produzirem seus próprios eventos. Acho que essa interação entre banda e público é muito importante, pois cria novos laços e desperta o interesse da galera para o que é novo. Isso vai acabar estimulando cada vez mais a realização de shows com bandas "autorais" do underground...

F.L. - Talvez não só no Brasil, mas é comum há muito tempo bandas pagarem pra tocar, ou aquele famoso caso de tocar de graça tendo como argumento da produção que o retorno/pagamento da banda é a oportunidade de divulgar o trabalho e ser conhecido no underground. Qual a opinião de vocês sobre esse nível que chegamos em nosso país da desvalorização dos músicos e bandas (principalmente autorais)?
Marcelo Ledd: Porra, isso começou por causa do PUS quando abriu a tour do Anthrax em 93. Isso é um desrespeito ao profissional, mas infelizmente tem muita banda que já procura os organizadores para oferecer grana antes de qualquer coisa. Com relação à oportunidade de tocar de graça, quando a banda esta começando eu concordo, mas depois de uma carreira e álbuns lançados isso se torna falta de respeito.
Rossatto: Acho que tudo é um sistema de troca. A partir do momento que entenderem isso, tudo vai mudar. É inaceitável pagar para tocar, pois quem esta produzindo, estará ganhando encima do trabalho árduo que a banda faz para poder existir. Sem show não tem banda, sem banda não tem show!

F.L. - Eventos com banda cover lotam, banda autoral público razoável, a culpa é de quem - Dos produtores que visam só o lucro, um problema cultural do público brasileiro que talvez dê mais valor ao cover do que autoral, ou então a culpa é de bandas que não apresentam um trabalho de qualidade que desperte interesse dos headbangers?
Anvito: Em minha opinião, isso é uma mentalidade do público. Infelizmente o público valoriza muito a banda cover e cada vez mais aparece bandas fazendo isso.
Rossatto: Infelizmente isso é um problema "cultural" do underground que ao longo da última década e meia vem se agravando. Por outro lado, o número de bandas "autorais" vem crescendo ao longo desse período. Acredito que, se os produtores desses eventos, tiverem um mínimo de visão que seja, e começarem a chamar as bandas autorais para tocar, essa situação irá mudar. Pois o público precisa se acostumar a querer ouvir o novo, a perceber que o Heavy Metal feito pelo seu "vizinho", e que nasce no underground, também é música. E, só para lembrar, o underground só existe por causa dessas bandas "autorais" e não por causa das bandas cover que geralmente aparecem nos eventos. O "poder" de fazer isso acontecer, infelizmente ou não, esta nas mãos dos produtores.

F.L. - Qual a opinião sobre o atual momento político do país?
Marcelo Ledd: Manifestações nas ruas: Não acredito em política sem ideal político. Achei que tem algo de errado por trás disso, nossos jovens não se politizaram do dia para a noite, muito menos os mais velhos. mas de qualquer forma a Presidenta tomou uma atitude boa e que venha o Plebiscito. Reforma política: Já estava na hora, desde que o Lula assumiu que tem um projeto de reforma rolando pra lá e pra cá. Agora que precisamos da população nas ruas gritando pelo Plebiscito e as reformas já, mas infelizmente poucos estão reclamando seus reais direitos. Espero que minha filha possa desfrutar de um país melhor por causa de tudo o que as pessoas vem fazendo desde a guerrilha na década de 1970 , até esses protestos de hoje em dia.
Rossatto: Acho que enquanto o povo usar a máscara do "V" de vingança, tudo não passará de mera influência cinematográfica e utópica. Enquanto o povo brasileiro não deixar de usar "máscaras", e enfrentar face a face nossos inimigos, tudo não passará de gritos ecoando em uma caverna de "sombras". (Me refiro ao "Mito da Caverna de Platão"). Realmente a política desse país tem que mudar, mas não podemos deixar os atuais políticos fazerem isso, pois será o mesmo que pedir para o ladrão vigiar a sua casa.

F.L. - Toda experiência proporciona aprendizado, quais as lições aprendidas ao longo dessas duas décadas- no mínimo já sabem qual caminho não trilhar entre outras questões?
Anvito: Cara, eu acho que ainda aprendemos muitas coisas até hoje. Adquirimos experiências boas e ruins. Tomamos volta de produtores, RS, Fomos mal tratados, bem tratados e também muito bem tratados. Aprendemos a não acreditar em promessas de estrelato, rsrs. E por ai vai...

F.L. - Esse tempo todo na estrada muita água já rolou e fatos hilários, grotescos e inusitados acabam rolando e rendendo muitas risadas, enfim compartilhem algumas dessas histórias com a gente!
Anvito: Nossa... Já vimos muita coisa nessa estrada, rsrs. Teve um lance curioso na Alemanha, tocamos em um Pub muito maneiro, mas o palco era bem baixo e o público ficava quase colado conosco. Tinha uma maluca bêbada com uma tulipa de cerveja na mão e no meio de uma música ela balançando a cabeça caiu e quebrou essa tulipa, mas não se cortou e ficou com aquele troço quebrado na mão. Fiquei com medo de ela tacar aquela merda em um de nós ai no meio de uma música em uma parte que não tem vocal pedi pro nosso roadie que tirasse aquilo da mão dela, ele conseguiu com um pouco de custo e tudo correu normal. rsrs.

F.L. - Agendas para segundo semestre e planos futuros da banda?
Anvito: Estamos para confirmar alguns shows em SP. Fiquem ligados na agenda no nosso site: www.hicsos.com.br. Agora estamos pensando somente em agendar o maior número de shows possíveis a fim de divulgar bastante nosso novo álbum.

F.L. - Considerações finais e recado para os nossos leitores:
Marcelo Ledd: Obrigado pela entrevista, esperamos ver todos os nossos fãs na estrada, peçam o Hicsos em sua cidade e iremos com prazer e levaremos nossa violência musical!
Anvito: Muito obrigado pela oportunidade de fazer essa entrevista. Queremos ver todos os fãs batendo cabeça nos nossos shows. Stay Heavy !!
Rossatto: Obrigado pela entrevista. Acreditem em seus sonhos! E façam a diferença onde quer que estejam, busquem o melhor, não só para si, mas para todos ao seu redor. E quando tudo estiver mal, coloque um CD do Hicsos para tocar no último volume, que depois de algumas músicas, tudo vai estar melhor. rs Vida Longa e Próspera!


Obrigado Hicsos pela entrevista, O Over Metal está a disposição.

Até a próxima.

Entrevista por Filipe Lima - Over Metal Zine





RESENHA: JUDGEMENT - FALLEN ANGEL - 2013


Nota: 9,5
O JUDGEMENT é uma de Heavy Metal do Sul do Estado do Rio de Janeiro, com influência principal de Iron Maiden. O grupo formado em 2006, que já tinha lançado a Demo "Face the Judgement" (2008) e faz um Heavy Metal objetivo e sem muitas frescuras, mas executado perfeitamente em alto nível, acaba de lançar seu primeiro Álbum Full-Length, intitulado "Fallen Angel" (2013).  São 9 Faixas com excelente Áudio de gravação que apresentam a maturidade sonora atingida pela banda nesses 7 anos de estrada.
A banda apesar da influência da donzela de ferro não se limita a ser uma cópia brasileira dos britânicos, pelo contrário tem sua própria identidade.

Track List:
1 - Song of Sorrow
2 - Fallen Angel
3 - Face The Judgement
4 - Distance
5 - Never Ending Wars
6 - Son Of The Sun
7 - Waiting For Messiah
8 - Believe
9 - Holy Justice

Ficha Técnica:
Gravação, Mixagem e Masterização: Acustica Studios
Artwork: Raphael Gabrio
Photos: Gabriela Xavier
Music and Lyrics: Judgement

Após a intro Song of Sorrow que contém uma narrativa vem a música tema "Fallen Angel" em grande estilo, excelente abertura, riffs e levadas marcantes, alternâncias rítmicas, destaque para o baixo que segura a base em determinado ponto e também a guitarra com um longo e perfeito solo.
"Face the Judgement" que era título da demo de 2008 e é uma das 4 faixas aproveitadas da Demo nesse álbum e mostra a evolução musical da banda e mudanças no arranjo da mesma, apesar de ser tocada um pouco mais lenta, mas sem perder o peso grande característica da música. 
O Solo de "Distance" que é a faixa mais lenta e melódica do CD ficou muito bem encaixado, uma evolução imensa em relação a Demo.  outra faixa lenta com alternâncias e um belo solo é "Believe".
Mudanças simples na execução também acontecessem em "Waiting for Messiah" que acredito ser a faixa em que a maioria dos ouvintes desse trabalho guardarão de prima pelo seu refrão marcante e isso é provado ao vivo, pois já acompanhei uma apresentação da banda e público pediu, vibrou e cantou do início ao fim junto com a banda.
Outras faixas que excelentes e já estão disponíveis para o público são "Never Ending Wars" e "Son of The Sun"
O CD encerra com "Holy Justice" que em sua intro lembra "The Trooper" do Iron.  Uma faixa de encerramento perfeita para um grande álbum de uma banda que tem muito a oferecer por sua qualidade, entrosamento e profissionalismo.
CD no padrão tradicional, bela capa e encarte com todas as letras.
Um CD que vale a pena adquirir e conferir!  Mais um destaque, apesar de toda qualidade e quantidade de faixas o CD está com ótimo preço, eu mesmo adquiri o meu por apenas R$10,00.  Então pegue o seu e comprove o que disse aqui.
Parabéns Judgement pelo lançamento e qualidade empregadas nesse álbum. 
Line-up:
Jorge - Vocal
André Luiz - Guitarra
Walker Oliveira - Baixo
Rodrigo Sarmento - Bateria


RESENHA: DIABOLI IMPERIUM - GENESIS - 2013


Nota: 8,5

Falando em Santa Maria o que vem em mente é a boate Kiss e a tragédia de mais de 230 mortos no incêndio.  Mas fiquei surpreso ao receber uma carta de Rodolfo (Rock Animal) com esse excelente EP da banda Diaboli Imperium (Black Metal - São Paulo).

O EP contém 4 Faixas com ótimo áudio que apresentam a intensidade sonora do Diaboli Imperium em seu Black Sinfônico que usufrui de outros elementos do Heavy Metal.

Track List:
1 - In Fact... Genesis
2 - Oblivion Shall Be On Your Grave
3 - Apocalypse Revelations
4 - A Forsaken Aeon


Já na intro " In Fact... Genesis" é criado a atmosfera sombria que será explorada no CD e logo vem "Oblivion Shall Be On Your Grave" envolvente e  intensa.
Na faixa "A Forsaken Aeon" destaco o trampo da batera com várias alternâncias e que conta com um "sample" no meio da faixa, há quem odeie, mas acho que a banda soube encaixar isso muito bem, sem excessos de forma rápida e específica.
"Apocalypse Revelations" é extremamente envolvente e profunda é como mergulhar em outra atmosfera.  Excelente faixa.

O Logo foi feito por Christophe Szpajdel (conhecido por fazer artes de diversas bandas pelo mundo).  Uma pena a banda não ter colocado mais infos sobre a ficha técnica desse trabalho e pelo menos uma foto da banda que usa "Corpse Paint"!  A qualidade do trabalho gravado nesse EP merecia um encarte com mais infos e detalhes da banda. No meu caso para saber sobre integrantes e outros detalhes da banda tive que pesquisar fora do encarte em outras fontes. Por essa razão a nota não foi melhor, mas qualidade e criatividade a banda tem e muito.
Prazeroso ouvir esse trabalho, intenso, sinfônico, envolvente e marcante.
Parabéns Diaboli Imperium.

Line-up:


Daimonos - Vocal
Asterion - Guitar
Teloch - Guitar
Nazgûl - Bass
Scorpio - Drums

RESENHA: AS DRAMATIC HOMAGE - CROWN - 2012


Nota: 9
Crown é o título do primeiro Full-Length do AS DRAMATIC HOMAGE banda de , que ao longo de sua existência iniciada em 1999 já lançou as demos “A Deep Inner Recital” (2001), “Atmosphere of Pain/Anthems of Hate” (2005) e o single “Ominous Force for Ascension” (2010).

Track List:
1. Lesssons
2. Monumental
3. Awake to the Twilight
4. The Icon Omnipresent
5. Journey Inside
6. Redemption
7. Idyllic
8. From the Battle of Pain
9. The Age of Transition
Ficha Técnica:


Produção: Romulo Pirozzi e Alexandre Pontes
Gravação, Mixagem: Pyro Z Studio
Gravação de Voz: HCS Estúdio
Cover Art and Layout: Guimaraes
Photos: Eduardo Leão
Music and Lyrics: Alexandre Pontes (Exceto faixa 1)

Nesse trabalho é possível encontrar criatividade e qualidade, levando a banda a lançar um som diferenciado, algo quase impossível nos dias atuais.

O álbum tem ótima qualidade de áudio.  A intro que é curta, cria uma atmosfera através de teclados e cordas e em seguida entra Monumental, rápida mas com alternâncias na parte instrumental e vocal.
Faixas como "The Icon Omnipresent", "Journey Inside" e "The Age of Transition" (Instrumental), apresentam boa dose de melodia, uma atmosfera Doom e em alguns momentos até mesmo melancolia, mas sem excessos.
Em faixas como Idyllic há variações que se repetem por praticamente todo o CD que vão do Black Metal, passando pelo Doom até o Progressive Metal.  É difícil definir a banda em um segmento.  A sensação ao tentar rotular a banda em um estilo é de estar limitando e condenando o As Dramatic Homage a ser prisioneiro enquanto seu propósito e voar livremente desde do instrumental a parte lírica na diversidade que há dentro do Metal comtemporâneo sem soarem como se fossem uma banda sem identidade. 
Enfim um belo trabalho resumido em quase 30 minutos bem dispostos, que vale a pena conferir e adquirir pelas variações e alternâncias no ritmo e voz, além de letras que apresentam ideais filosóficos.
Line-up:
Alexandre Pontes – Vocal/Guitarra/Programação
Alexandre Martins – Baixo