Desde que vi a primeira divulgação sobre o Festival Metal Land despertou em
mim o interesse em participar, mas depois de conhecer todo o line-up do festival tornou se obrigação pra mim estar no Metal Land. Mais de 30 bandas, sendo que apenas
1 era atração internacional, Tim Ripper em 3 dias de Metal puro.
Tudo estava certo e programado, até que 1 semana antes do
evento recebi a notícia que o transporte que usaríamos para ir a Altinópolis
tinha sido cancelado por motivos burocráticos e cada um teria que providenciar
uma forma de ir ao evento.
Já estava desistindo e somente na quinta-feira à noite encontrei uma solução com ajuda dos amigos Klein (Monstractor) e Rodrigo e com garanti minha ida para o Metal Land.
Na sexta-feira recebemos a confirmação das credenciais de imprensa para
trabalhar no evento. Enfim, não haviam mais desculpas para não estar no 1º
Metal Land.
As apresentações de sexta-feira não pude assistir, pois no
momento em que elas aconteciam eu estava na estrada com amigos encarando pouco
mais de 8 horas de viagem. Algo que sentimos muito, queria muito ter acompanhado as bandas desde o primeiro dia.
Metal Land 2015 era iniciado no Palco DIMEBAG pelas bandas CIRCLE
OF INFINITY, FUNERATUS, NECROFOBIA e UGANGA. Grande marco para este festival que
após muitas outras edições terá um valor histórico imenso.
Entrada do Hotel Fazenda |
Área de Camping |
Antes de iniciar as apresentações pausa para o almoço e é
preciso destacar que a comida era boa, preço adequado pelo fato de poder comer à
vontade rs.
A estrutura de som e palco já me deixou tranquilo, foi
possível constatar isso enquanto os técnicos do Sepultura e a banda Krisiun
passavam o som, pois sabia que com isso assistiria várias apresentações com qualidade sonora e
isso é importante para o público e para as bandas.
E conforme a programação às 15:30 PROJECT BLACK PANTERA
abriu as apresentações do palco DIMEBAG, o público espalhado pelas ótimas
instalações do Hotel Fazenda Vale das Grutas foi chegando aos poucos e conferiu
uma apresentação enérgica e intensa da banda.
Em meio a apresentação deles a banda Krisiun chegou ao local e atendeu
tranquilamente alguns fans para fotos enquanto Black Pantera encerrava o
primeiro show do palco Dimebag.
Natália Oliveira com a banda Krisiun |
Logo em seguida VIZARESH assumiu o palco, banda nova na idade, mas com músicos experientes no cenário nacional, Death Metal sem meio termo e vocal marcante.
A terceira banda a se apresentar foi a NEKROST, banda experiente vinda de Manaus (Green Hell) subiu ao palco e colocou tudo abaixo, banda e público fizeram da apresentação algo marcante. Que apresentação, músicas matadoras, Thrash as vezes técnico, mas sem fugir das características originais do Thrash, porrada, presença de palco contagiante, um show excelente e intenso de se ver e ouvir.
Chegava o grande momento, a estreia do Palco DIO (melhor
nome impossível), nada melhor que isso ser feito pelo VOODOOPRIEST, outro marco
importante que entra para a história desse festival e daqui a outras edições e
anos será relembrado. Voodoopriest apresentaou as excelentes músicas do álbum
Mandu.
No meio da apresentação da banda o participante ilustre do festival chegou dando voadora no peito de todo mundo: A CHUVA! Mas não pense que isso parou o show ou esfriou o ânimo dos bangers, sim muitos correram para a parte coberta, só que mais de 40 bangers insanos (sim parei o vídeo para contar) ficaram debaixo do pé d’água cantando com a banda a faixa que para mim já um clássico, Mandu!
No meio da apresentação da banda o participante ilustre do festival chegou dando voadora no peito de todo mundo: A CHUVA! Mas não pense que isso parou o show ou esfriou o ânimo dos bangers, sim muitos correram para a parte coberta, só que mais de 40 bangers insanos (sim parei o vídeo para contar) ficaram debaixo do pé d’água cantando com a banda a faixa que para mim já um clássico, Mandu!
Público permaneceu debaixo da chuva forte |
Me arrependo até agora de não ter ido me juntar aos 40 guerreiros que fizeram aquele momento entrar para a história do Metal Land. Claro que houve um motivo, eu estava cheio de equipamentos para fotografar e filmar aquele momento épico e não podia molhar.
Passado o susto fomos conferir os efeitos da chuva, algumas
barracas alagadas nada que um banger que frequenta festivais não saiba encarar,
muito menos ficar de mimimi, até porque não fomos a festival em estádio, para
ficar no concreto ou num camarote VIP com Ar Condicionado. A proposta aqui era outra, fest com muita música
pesada e área aberta cercado pela natureza.
Público acompanhou as apresentações mesmo com a chuva |
Em sequência as apresentações passaram a ser alternadas, terminava uma no palco DIO iniciava outra no Palco DIMEBAG e vice-versa.
DIRTHY GLORY, NECROMANCIA, ARMAHDA fizeram essas alternâncias
de palco, devido aos transtornos da chuva não consegui acompanhar na integra a
apresentação das mesmas, só que o pouco que vi foi marcante, com o público
presente e correspondendo a energia e intensidade que vinham dos palcos.
Claustrofobia fazendo uma apresentação insana |
CLAUSTROFOBIA assumiu o comando do palco DIO e fez uma
apresentação matadora, algo obvio, impossível um show desses caras ser ruim, um
set perfeito e o público já acostumado com os efeitos da chuva completou a
apresentação da banda marcando presença e bangeando o tempo todo.
KING OF BONES deu sequência subindo no palco DIMEBAG e fazendo uma excelente apresentação.
KING OF BONES deu sequência subindo no palco DIMEBAG e fazendo uma excelente apresentação.
Krisiun destruindo no Palco DIO |
Em seguida veio o show que eu mais esperava no evento,
KRISIUN.
É complicado trabalhar fazendo a cobertura do evento diante de uma das bandas que você mais aprecia no metal mundial. A vontade de abandonar tudo e colar na grade e entrar no Mosh é imensa. Mas eu tinha um trabalho a executar.
Este foi outro show que foi realizado debaixo de chuva e mesmo assim os bangers não arredaram o pé, o mosh foi na lama mesmo. Músicas como “The Will to Potency” e “Descending Abomination” estiveram no set list avassalador executado brutalmente pela banda do início ao fim.
É complicado trabalhar fazendo a cobertura do evento diante de uma das bandas que você mais aprecia no metal mundial. A vontade de abandonar tudo e colar na grade e entrar no Mosh é imensa. Mas eu tinha um trabalho a executar.
Este foi outro show que foi realizado debaixo de chuva e mesmo assim os bangers não arredaram o pé, o mosh foi na lama mesmo. Músicas como “The Will to Potency” e “Descending Abomination” estiveram no set list avassalador executado brutalmente pela banda do início ao fim.
CENTÚRIAS deu prosseguimento assumindo o palco DIMEBAG numa
apresentação contagiante e com presença marcante do público.
A banda mais aguardada do evento SEPULTURA assumia o palco DIO, os fas e público do evento tiveram a oportunidade de ver e ouvir clássicos que a banda vem apresentando nesta tour comemorativa de 30 anos. Músicas como “Troops Of Doom”, “Arise”, “Refuse/Resist”, “Territory”, “Propaganda”, “Biotech Is Godzila” e “Roots”, obvio que não faltariam e assim fechava a noite do palco DIO de forma perfeita.
Publico curtindo apresentação do Sepultura |
Monstractor se apresentando |
O dia seguinte o clima já era diferente, bangers mais a vontade e familiarizado com o local e mais pessoas já
haviam chegado, área de lazer e jogos lotada, o sol apareceu e foi
possível relaxar, bom, os outros né. Enquanto os bangers curtiam uma bela
piscina eu estava fardado realizando entrevistas para a Web TV do Over Metal.
Assistam aqui o Programa 2 >> https://www.youtube.com/watch?v=0s3HL8KpK6A
Assistam aqui o Programa 2 >> https://www.youtube.com/watch?v=0s3HL8KpK6A
Phill Lima entrevistando Gustavo do Funeratus |
Phill Lima com Soulspell |
FÚRIA INC retomou as apresentações do palco DIMEBAG e deu conta do recado, apresentação intensa e com participação do público.
TIM RIPPER, não há muito o que dizer, pois é garantia de show perfeito, canta muito, uma
apresentação sem defeitos, o ponto alto, mesmo debaixo de chuva (a participante
ilustre do Festival), foi o clássico “Painkiller”!
Krow se apresentando no palco Dimebag |
MATANZA foi outro ponto alto do festival, a banda tem um grande número de fãs que colaram na grade e cantaram do início ao fim debaixo de chuva também.
Em seguida o Thrash Metal sem frescura do EXECUTER assumiu o
palco DIMEBAG eno qual o quarteto mostrou o quanto ainda tem muita lenha para queimar, mosh
insano, apresentação intensa e banda e público satisfeitos.
ANDRE MATOS e banda assumiram para fechar as apresentações
do palco DIO. Os fãs foram presenteados ao fim do Show com os clássicos “Angels
Cry” e “Carry On”.
Andre Matos - Foto By Marcelo Piai |
TRATOR BR deu sequência
no palco DIMEBAG e apresentou seu Death Metal cantado em português que faz jus
ao nome da banda, é um trator destruindo tudo, as bandas SHOTDOWN e SEPHION
encerram o último dia do Festival e assim chegávamos ao fim da primeira e histórica edição
do Metal Land.
Quero destacar alguns fatos:
> Todas as bandas que tocaram eram autorais e os shows que
pude presenciar não vi cover de banda renomada;
> Fora Tim Ripper, todas as atrações eram brasileiras;
> Algumas pessoas destacaram que o público foi razoável. Bom, para
mim a participação do público poderia ser maior sim, mas a primeira edição do
Wacken teve apenas 800 pessoas e hoje é o maior Fest Open Air de Metal do
mundo. O público pode vencer os traumas e fantasmas do passado e na próxima
edição prestigiar o Metal Land 2016 sem receios;
> Banheiros em condições básicas de uso, restaurante com boa
alimentação e preço acessível, bom espaço para camping, área de lazer com
piscina, salão de jogos e WiFi liberado (isso é o céu rs).
> Não houve incidentes de brigas ou registros de transtornos,
procurei saber e até o momento de fazer essa resenha não me chegou nada
contrário a essa informação;
> Atendimentos médicos também não chegou ao nosso conhecimento
que tenham ocorrido mesmo com a turma enchendo o pote;
> Destacar também a relevância desse Metal Land, que tem a
árdua missão de fazer um Fest Open Air ter sequência e crescer num país onde
tudo é extenso, logística é caro, além do trauma recente de dois grandes
Festivais que tiveram um fracasso na organização.
> Bandas que participaram da votação tiveram seu espaço para
tocar e apresentar seu som com boa estrutura;
> O horário das apresentações estavam conforme a programação,
com pequeno atraso só no último dia, mas nada que interferisse no bom andamento
do festival;
> Espaço cedido para nós imprensa foi conforme o combinado,
para o Over Metal foi uma grande oportunidade, experiência e aprendizado;
> Produção do evento sempre esteve acessível para dúvidas e
informações;
No mais retornei para casa encarando mais 8/9 horas de viagem,
pouco mais de 1200 km de estrada (ida e volta) ciente de que valeu cada centavo
investido e gasto neste Festival.
Retorno com a mala cheia de novos materiais, camisas de bandas, mas
também com novas experiências e amizades feitas (que é o mais importante).
Agradeço ao suporte e apoio da minha equipe de trabalho Isabele Miranda, Julio Cesar e Harisson.
Parabéns a todos que fizeram esse festival acontecer (Produção, Público e Bandas) e o escreveram na história do Metal Brasileiro. Lembrando que o papel mais importante dos 3 é o do público, mesmo não sendo a única.
Parabéns a todos que fizeram esse festival acontecer (Produção, Público e Bandas) e o escreveram na história do Metal Brasileiro. Lembrando que o papel mais importante dos 3 é o do público, mesmo não sendo a única.
Como sempre falo e repito, compre material das bandas
brasileiras e independentes, vá a shows, assistam os vídeos, compartilhem,
leiam zines e revistas, façam o metal acontecer em nosso país.
Nos vemos num próximo festival e show por esse Brasil ou
fora dele!
Até lá!!!
Grande Abraço!
Phill Lima
Belo texto, tenho o privilégio de compartilhar dessa experência!
ResponderExcluirE ser uma dos 40 guerreiros ensopados! hahahaha
Obrigado Minishe, parabéns guerreira! Foi lindo o que vcs fizeram!!!
ExcluirBela Matéria Phill, dessa vez não deu para ir.Mas nos próximos estaremos lá, e que venha Cannibal/testament /,,/
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