Warfire uma banda que tem o metal e doses cavalares de humor circulando pelas correntes sanguíneas, atende o Over Metal Zine mostrando numa conversa direta e resumida a realidade da banda oriunda de Tatuí-SP.
Confira nessa entrevista um pouco mais da banda através de Andrews Neander, um dos guitarristas do Warfire ...
... eu pelo menos ri muito com as histórias grotescas dessa banda que tem além de muito bom humor qualidade e um bom trabalho.
Confira nessa entrevista um pouco mais da banda através de Andrews Neander, um dos guitarristas do Warfire ...
... eu pelo menos ri muito com as histórias grotescas dessa banda que tem além de muito bom humor qualidade e um bom trabalho.
Confira!
Formação da banda:
Guitarra: Andrews Neander
Guitarra: Gamba Manoel
Baixo: Paul Cappotish
Batera: Cerbo
Filipe Lima (F.L.) - Obrigado por atender o Over Metal. Para
aqueles que ainda não conhecem o Warfire faça um breve resumo do histórico da
banda!
Andrews: O Gamba, Paul e o Cerbo já tocavam
juntos em outra banda aqui da cidade, infelizmente, ou felizmente (risos)
acabaram acontecendo alguns problemas que levaram ao término da banda deles, o
que levou o Gamba a procurar novos integrantes para montar outra banda, ele
tinha contato com o Loiz e acabou fazendo o convite para nós dois, pois
precisava de outro guitarrista também... No começo achamos que não “rolaria”,
mas foi, foi e acabou “fondo” (risos). Escolhemos esse nome porque na verdade
foi o único que ninguém odiou, somos meio diferentes então as decisões sempre
são bem complicadas... Democracia é uma bosta (risos).
F.L - Qual a avaliação dos três primeiros anos do Warfire?
Andrews: Achamos muito boa, ainda mais quando
se leva em conta o atual cenário underground. Temos um nome relativamente forte
na atual cena, gente de todas as regiões do país, inclusive de fora, curtindo
nosso som, comprando material da banda, vários contatos, já conseguimos tocar
em várias cidades do Estado de São Paulo sendo bem recebidos e elogiados em
todas, participamos de vários Festivais em que as escolhas das bandas eram feitas
por votação, deixando para trás algumas bandas que tocam há 10, 15 anos, e
tocando ao lado de outras com esse mesmo tempo de estrada. Creio que talvez não
tenhamos chegado mais longe até agora por conta de orgulho e amor próprio
também, isso é uma coisa que valorizamos muito na Warfire, se depender de ficar
puxando saco e babando ovo de uns caras que acham que só porque tem um blog, ou
só porque escrevem uns artigos fuleiros para uma revista, ou só porque está na
cena há mais tempo devem ser idolatrados e tratados com reverência vamos morrer
no underground, tem uns caras que se acham o rock star e a forma como algumas
pessoas agem faz com que eles continuem pensando assim...
E outro ponto que
está se tornando bem claro é o fato de que atualmente no underground brasileiro
pode mais quem paga mais, você vê (ou ouve) umas bandas de qualidade bem
questionável conquistando coisas em um ano que os grandes nomes da cena levaram
dez para conseguir, não estou aqui para levantar a bandeira do proletariado, e
nem para defender os fracos e oprimidos, acho que está certo mesmo, quem pode
mais chora menos, se você tem grana para gravar um álbum no melhor estúdio,
gravar um clip “profissa” e financiar uma tour na Europa tem que fazer mesmo,
na verdade é um prova de que o cara gosta e investe no trabalho dele. O que me
incomoda é a galera “engolir” isso, usando isso como parâmetro, “se gravou aqui
é boa, se já tocou fora é boa, se o blog do fulano falou bem é boa”...
F.L - O som da banda não é datado, mas tem fortes influências e
características do Metal oitentista, isso ocorreu de forma natural pela união
das características dos integrantes ou foi uma escolha e proposta de trabalho
definido pela banda?
Andrews: Foi e é natural cara, é aquela, já
não temos muito talento, se ficarmos colocando muitas regras, limites,
predefinições a coisa não rola mesmo. A única regra é que a música agradar a
todos da banda (ou pelo menos não desagradar ninguém), o som tem que agradar a
nós em primeiro lugar, o público gostar é conseqüência, mesmo porque como é que
você vai tocar algo que não gosta com convicção? Todas as músicas (não letras)
apresentadas até o momento são de autoria minha (Andrews) ou do Gamba
(pelo menos a idéia inicial, depois sempre é feitas algumas
mudanças, arranjos e tal), é para nós da banda pelo menos fica bem latente a
diferença de estilos entre eu e ele, não sei se é tão claro para o público. Mas
mesmo nas que são do mesmo autor você consegue perceber diferente tendência,
umas puxam mais para um Thrash, outras mais para um Heavy Tradicional, outras
para um Heavy Metal um pouco mais moderno e talz, acho que o importante é que
pelo menos em nossa opinião no final tudo soa Warfire.
F.L - Fale do aprendizado e experiência de gravar o EP “Its Time
To War” do Warfire no Mr. Som com Marcello Pompeu e Heros Trench - Korzus?
Andrews: Como o Loiz já disse e eu sempre
reitero, “os caras tem de carreira o que temos de idade”. Há certas coisas,
macetes, “manhas”, que só vem com o tempo. A nossa idéia de gravar lá foi além
de termos um material de alta qualidade para entrarmos na cena em grande estilo
era fazer da gravação um “teste de fogo”, precisávamos da opinião de quem
entende do assunto, de quem “viveu” o assunto. Mas foi pelo menos para mim uma
das melhores experiências da minha vida, os caras são super gente boa, e o
melhor não ficam passando a mão na cabeça, se está bom está bom, se não está
bom fala que está uma merda e manda fazer de novo, aquela pressão de não poder
errar, aquele momento do “gravando” e você sabe que está todo mundo prestando
atenção em você é bacana, é essa hora que separamos os meninos dos homens
(risos). Mas no geral foi ótimo, e receber elogio de uns caras que ajudaram a
construir a cena nacional não tem preço...
F.L - Andrews você afirmou recentemente que o EP deu um
"feedback positivo e ajudou na evolução da banda". O que seria essa evolução?
Andrews: O ponto principal foi experiência, o que acaba englobando todas essas coisas que você citou. Música é arte e o seu estado de estado de espírito, sua personalidade acaba de certa forma sendo passada com o som, e nós estávamos muito “verdes” na gravação do EP, sabíamos o resultado que queríamos, mas não sabíamos como alcançá-lo, era a primeira vez de todos nós em um estúdio profissional, e mesmo os caras nos deixando bem a vontade rolava um nervosismo, uma ansiedade... Hoje já temos um pouco mais das “manhas”, já manjamos mais das putaria... (Risos)
Andrews: O ponto principal foi experiência, o que acaba englobando todas essas coisas que você citou. Música é arte e o seu estado de estado de espírito, sua personalidade acaba de certa forma sendo passada com o som, e nós estávamos muito “verdes” na gravação do EP, sabíamos o resultado que queríamos, mas não sabíamos como alcançá-lo, era a primeira vez de todos nós em um estúdio profissional, e mesmo os caras nos deixando bem a vontade rolava um nervosismo, uma ansiedade... Hoje já temos um pouco mais das “manhas”, já manjamos mais das putaria... (Risos)
F.L - A banda já citou que compõe constantemente e teria material
engavetado para a gravação até de dois álbuns. O que está definido em relação a
datas para gravação e lançamento do debut álbum?
Andrews: Estamos meio que em uma pré-produção e a idéia seria iniciar as gravações agora em Outubro, temos que ver com cuidado essas datas porque o Heros e o Pompeu também estão iniciando a gravação do novo álbum do Korzus, então estamos conversando para ver a melhor forma de fazer isso, mas a idéia é iniciar agora em Outubro...
Andrews: Estamos meio que em uma pré-produção e a idéia seria iniciar as gravações agora em Outubro, temos que ver com cuidado essas datas porque o Heros e o Pompeu também estão iniciando a gravação do novo álbum do Korzus, então estamos conversando para ver a melhor forma de fazer isso, mas a idéia é iniciar agora em Outubro...
F.L - A parceria com Marcello Pompeu e Heros Trench - no Mr. Som
se mantém para a gravação do full-length?
Andrews: Sim, salvo algum acontecimento ou
mudança significativa gravaremos no Mr. Som...
F.L - Já existe um título escolhido para o álbum?
Andrews: Existem vários só falta escolhermos um... (Risos)
Andrews: Existem vários só falta escolhermos um... (Risos)
Como é esse processo de composição das músicas (responsáveis pela
letra, pela parte instrumental e fechamento de uma música)?
Andrews: A parte instrumental é feita por mim ou pelo Gamba, fazemos uma gravação da idéia da música, com guitarra, base, batera e linha vocal e a partir disso vamos “lapidando” essa idéia. As músicas que eu componho na maioria das vezes o Loiz é quem acaba fazendo as letras, algumas vezes ele faz uma letra, ou tem uma idéia de tema e baseado nisso eu faço a música (como no caso da B.T.K.), as do Gamba quase sempre ele faz a música com a letra...
Andrews: A parte instrumental é feita por mim ou pelo Gamba, fazemos uma gravação da idéia da música, com guitarra, base, batera e linha vocal e a partir disso vamos “lapidando” essa idéia. As músicas que eu componho na maioria das vezes o Loiz é quem acaba fazendo as letras, algumas vezes ele faz uma letra, ou tem uma idéia de tema e baseado nisso eu faço a música (como no caso da B.T.K.), as do Gamba quase sempre ele faz a música com a letra...
F.L - Cogitou-se a possibilidade de distribuição do trabalho do
Warfire fora do Brasil (América do Norte e Ásia), como está isso atualmente?
Andrews: Então, até houve uma boa “distribuição”, mas de forma virtual. Em se tratando de formato físico é complicado, saímos em umas coletâneas na Europa e talz, só que nem sempre essas distribuições são efetivas... Com a internet e a dinamização da informação certas coisas se tornaram complicadas, hoje uma pessoa que acessa a internet é “bombardeada” com informações incessantemente, no âmbito Rock/Heavy Metal há uma enxurrada de bandas novas, de bandas antigas lançando material novo, de membros de bandas antigas com projetos novos e uma porrada de material, isso faz com que você conheça muita coisa, mas absorva muito pouco disso... Por exemplo, se tinha acesso a menos material, mas por outro lado você absorvia muito mais o conteúdo daquele material, você ouvia várias vezes e realmente absorvia aquilo, hoje não dá tempo, você põe um CD de uma banda nova, conhece e já parte para outra, não dá para ficar escutando várias vezes até assimilar a idéia. Antes você tinha acesso apenas a bandas da sua cidade, estado, país e algumas daquelas que conseguiam vencer essas barreiras e ficarem conhecidas mundialmente, então você conseguia se focar mais, hoje você tem acesso ao material recém-lançado de uma banda underground russa, então a quantidade de material é enorme, além do que as redes sociais permitiram a interação do público com gostos similares, você acaba tendo 500, 1000 contatos que sempre te mandam ou acabam te mostrando um som novo de alguma banda, além de grupos, comunidades e a porra toda...
Andrews: Então, até houve uma boa “distribuição”, mas de forma virtual. Em se tratando de formato físico é complicado, saímos em umas coletâneas na Europa e talz, só que nem sempre essas distribuições são efetivas... Com a internet e a dinamização da informação certas coisas se tornaram complicadas, hoje uma pessoa que acessa a internet é “bombardeada” com informações incessantemente, no âmbito Rock/Heavy Metal há uma enxurrada de bandas novas, de bandas antigas lançando material novo, de membros de bandas antigas com projetos novos e uma porrada de material, isso faz com que você conheça muita coisa, mas absorva muito pouco disso... Por exemplo, se tinha acesso a menos material, mas por outro lado você absorvia muito mais o conteúdo daquele material, você ouvia várias vezes e realmente absorvia aquilo, hoje não dá tempo, você põe um CD de uma banda nova, conhece e já parte para outra, não dá para ficar escutando várias vezes até assimilar a idéia. Antes você tinha acesso apenas a bandas da sua cidade, estado, país e algumas daquelas que conseguiam vencer essas barreiras e ficarem conhecidas mundialmente, então você conseguia se focar mais, hoje você tem acesso ao material recém-lançado de uma banda underground russa, então a quantidade de material é enorme, além do que as redes sociais permitiram a interação do público com gostos similares, você acaba tendo 500, 1000 contatos que sempre te mandam ou acabam te mostrando um som novo de alguma banda, além de grupos, comunidades e a porra toda...
F.L – Em breves palavras o que representa:
> Judas Priest: Eterno tema de indiretas e provocações
na Warfire, Eu e o Loiz preferimos o Ripper (sim, achamos ele melhor que o
Halford) e o Gamba (e 99% dos fãs de Priest) preferem a “biba”... (Risos)
> Rainbow: Supostamente a banda favorite do
Loiz, reúne pelo menos três dos caras que na opinião dele são os melhores em
suas funções Dio, Blackmore e Cozy Powell...
> Motorhead: Essa é unanimidade, todos nós
gostamos...
> Metal Church: O poder né? Todos curtimos muito,
aquele ao vivo lançado em 98 com aquele show de 86 (se não me engano) é
simplesmente matador...
> Annihilator: Eu curto pra caralho, acho melhor
que 90% dessas bandas bay area que fizeram sucesso, pelo menos mais sucessos
que eles. O Loiz e o Paul curtem bastante também...
> Pantera: Minha banda preferida é a que eu mais
ouvi na vida e a que sempre que eu ouço de novo me parece melhor do que eu
lembrava...
> Mercyful Fate: O amor da vida do Gamba, ou melhor,
a amante, o amor da vida dele é o Kiss...
F.L - Numa entrevista Loiz Krieg falou sobre pessoas que são
verdadeiros picaretas que se valem do amor do Headbanger pela música pesada,
pra se auto promover. Qual sua avaliação sobre organização dos shows de Metal
no Brasil. Como músico o que deve ser melhorado na estrutura dos eventos?
Andrews: Primeiro tinha que ter uma estrutura
né? (Risos). É complicado, ninguém vai porque a estrutura é ruim, a estrutura é
ruim porque ninguém vai e assim vai indo... Os caras dizem que o produtor tem
que respeitar e pagar um cachê digno para as bandas, mas não paga R$40,00 para
assistir 10 bandas, não estou querendo bancar o advogado do diabo aqui, mas se
o cara não for mágico, complica um pouco... As bandas não se ajudam ás vezes
até se ajudam, mas ao invés de ajudar uma banda menor, ajuda uma maior na
tentativa de conseguir um retribuição futuramente, é foda... O problema não é a
cena, o lugar, o estilo, o problema são as pessoas...
F.L - Na região sul do estado do Rio de Janeiro algumas bandas que
são ativas na cena underground se uniram para organizar seus próprios shows buscando
melhores dias e estrutura para o público e banda. Qual a opinião sobre ações como essa dentro da
cena underground brasileira?
Andrews: É legal pra caramba, se você mora em
um lugar onde há um tipo de gente que tenha essa consciência, gente de caráter
e determinada dá pra fazer uns lances muito bons, infelizmente não é em todo lugar
que esse tipo de coisa funciona...
F.L - Qual a avaliação da banda em relação a o underground brasileiro?
Andrews: Uma merda, pelo menos nossa
realidade é essa, não que todos os shows sejam horríveis, mas mesmo os melhores
estão muito aquém do que poderia ser considerado o ideal, pelo menos na nossa
concepção. O rock/metal sempre foi uma coisa que lutou contra o “sistema” ou
pelo menos essa era a idéia, e ultimamente parece que ele está fazendo parte do
sistema. Há muita demagogia, “puxa-saquismo” e hipocrisia envolvida, uns caras
babacas, safados em posições influentes. A música parece ter ficado em segundo
plano, e coisas como contatos, filiação, “sensualidade” contam mais hoje em
dia. Melhor parar por aqui porque se não teríamos que começar “dar nome aos bois”,
não sou do tipo que fica mandando indireta, mas como diz o ditado: Pra bom
entendedor meia palavra basta...
F.L - Breve Opinião sobre:
>TV Brasileira e sua programação:
Andrews: É um lixo né? Eu assisto muito pouco
TV, mas está impossível assistir TV aberta, o que não é lixo, é manipulação. Na
TV paga ainda há algumas coisas interessantes, documentários, alguns filmes e
talz... Mas na TV aberta sem condições...
>Música e cultura brasileira:
Andrews: Bom, primeiro de tudo precisamos ver
o que é essa cultura, porque cultura brasileira mesmo em minha opinião é a
cultura e música indígena, o resto são adaptações de culturas remanescentes de
imigrantes. Mas partindo do pressuposto que a cultura brasileira é a
bossa-nova, samba, frevo, baião entre outras características regionais é uma
coisa a ser respeitada, devido à grandeza do nosso país possuímos uma variedade
enorme de costumes e uma cultura muito rica. Mas agora se encararmos Funk como
cultura, como vem sendo feito fica complicado. No Brasil se tem o costume de
deturpar tudo, mesmo as coisas absorvidas de outras culturas sempre se dá um
jeito de colocar uns peitos e umas bundas de fora, a malandragem brasileira e
talz... Pelo tipo de gente que fica famosa você consegue avaliar o povo...
>Manifestações nas ruas do Brasil:
Andrews: Grande parte das pessoas nem sabem pelo que estão manifestando, outra parte acabam sendo grupos organizados com interesses próprios, outros só vão pela bagunça. Um dia o cara está comprando ingresso para Copa e no outro está dizendo que é contra, o cara não lê nem bula de remédio e do dia para noite quer bancar o politizado, pinta um cartaz “Não a PEC 37” e vai para rua... Há muitos motivos para se manifestar, mas não é algo que deva ser feito de forma leviana...
Andrews: Grande parte das pessoas nem sabem pelo que estão manifestando, outra parte acabam sendo grupos organizados com interesses próprios, outros só vão pela bagunça. Um dia o cara está comprando ingresso para Copa e no outro está dizendo que é contra, o cara não lê nem bula de remédio e do dia para noite quer bancar o politizado, pinta um cartaz “Não a PEC 37” e vai para rua... Há muitos motivos para se manifestar, mas não é algo que deva ser feito de forma leviana...
>Reforma Política:
Andrews: Em minha opinião o problema do Brasil não é político é cultural, não adianta fazer reforma política se o povo continuar ignorante, fútil e sem-vergonha. Como eu disse anteriormente, nós desenvolvemos essa cultura da malandragem, da vagabundagem, da esperteza, e enquanto bancarmos os malandros todos nós seremos trouxas...
Andrews: Em minha opinião o problema do Brasil não é político é cultural, não adianta fazer reforma política se o povo continuar ignorante, fútil e sem-vergonha. Como eu disse anteriormente, nós desenvolvemos essa cultura da malandragem, da vagabundagem, da esperteza, e enquanto bancarmos os malandros todos nós seremos trouxas...
F.L - 3 anos de banda já renderam muitas histórias engraçadas,
conte algum fato hilário e talvez grotesco que tenham rolado durante shows e
viagens!
Andrews: Ah cara, tudo meio que acaba virando
em palhaçada, não tem como ficar sério perto do Paulinho (Paul Cappotish), você
já deve ter assistido o vídeo da Cyndi Lauper, se ainda não assistiu assista, o
Paulinho é daquele jeito o tempo todo, quando toma umas então (o que acontece
com bastante freqüência nos shows) é só risada...
Mas o mais engraçado mesmo é
quando ele fica nervoso, ele é meio ranzinza ás vezes, então quando ele está
azedo nós damos muita risada. Uma vez estávamos no ensaio e o Cerbo cismou de
chutar uma bolinha que tinha aqui em casa, que era do cachorro brincar, e o
Paulinho já estava meio irritado e já tinha falado para ele parar porque ia
acabar acertando ele, não deu outra, no próximo chute que o Cerbo deu a bolinha
acertou no beiço do rapaz, esse rapaz ficou bravo, achei que ele ia socar o
Cerbo, foda é que ele estava bravo falando um monte e eu e o Gamba não
conseguíamos parar de rir sabe? Mas rir pra caralho mesmo, de sentar no chão e
faltar ar... Outra vez estávamos indo tocar em Piedade e um dos carros deu
problema, e o Paulinho é cheio de querer saber, cheio de “deixa que eu
resolvo”, abriram o capô e ele foi lá cheio de razão resolver, ele com a cara
enfiada debaixo do capô e vai o filho da puta do Cerbo e buzina, pensa no susto
que o Paulinho levou, legal é a cara que o Cerbo faz nessas horas, aquela cara
de moleque que sabe que aprontou manja? É foda...
F.L - Próximas agendas e compromissos da banda?
Andrews: Com o lance da gravação se
aproximando e o processo de pré-produção está um pouco complicado o lance das
datas, tínhamos uns shows marcados, mas que acabaram sendo cancelada, aquela
tragédia de Santa Maria fodeu vários shows nossos, várias casas fecharam,
tiveram que se regularizar e talz... O foco agora é o álbum mesmo, tentar se
preparar e executar da melhor maneira possível a gravação...
F.L - Considerações Finais:
Andrews: Queríamos agradecer ao Over Metal
Zine e ao Filipe Lima pelo apoio, não só pela entrevista, mas pelo apoio na
divulgação e tudo mais, agradecemos pela Warfire e por toda a cena underground
que acabam encontrando em projetos como o de vocês canais de divulgações sérios
e imparciais. Agradecemos a todos pelo interesse no álbum e pedimos a todos que
tenham paciência, porque o processo é lento, e se demoramos é porque queremos
disponibilizar algo com a melhor qualidade possível. E pedir para quem ainda
não conhece procurar conhecer nosso som e se gostar que nos procurem, adicionem
nas redes sociais e mantenham contato.
Contatos para shows:
warfire_oficial@hotmail.com