quinta-feira, 23 de maio de 2013

MX: ALEXANDRE DUMBO FALA DO RETORNO, ATUAL MOMENTO E PLANOS FUTUROS DA BANDA


O Over Metal Zine iniciou suas atividades a pouco tempo, no final de dezembro de 2012, com a simples pretensão de ser mais uma opção, entre tantos blogs voltados para o Metal no Brasil, proporcionando uma base para as bandas serem entrevistadas e assim mostrarem sua realidade, material e trabalho.


Com 5 meses fomos um pouco além das pretensões iniciais que era entrevistar as bandas do Sul do Estado do Rio de Janeiro e dar apoio as mesmas.
Raphael Arizio
Hoje temos bandas entrevistas que são de Goiânia, Belo Horizonte, São Paulo e EUA, além de diversas bandas do Estado do Rio de Janeiro.
Com essa ampliação surgiu a necessidade de ter colaboradores para darmos conta desse extenso cenário underground brasileiro, então fiz um convite a Rafael Arizio, que prontamente aceitou, e aos poucos fomos trocando informações e discutindo idéias, até que começaram a surgir os primeiros resultados, entre elas a entrevista com o Korzus e agora essa entrevista totalmente feita por Raphael Arizio com a banda MX!


MX é uma Banda de Thrash Metal brasileira formada em 1985. 5 álbuns gravados (1 coletânea + 4 álbuns solo). Retornou a atividade em maio de 2012.

Formação:
Alexandre Cunha (vocal e bateria),
Morto (guitarra/baixo e vocal),
Dumbo (baixo/guitarra) e
Décio Jr. (guitarra)


Confira a entrevista onde Alexandre Dumbo (Guitarrista) fala objetivamente sobre o retorno e atividades da banda!


RAFAEL ARIZIO (R.A.) - O que motivou a volta da banda?
ALEXANDRE DUMBO (A.D.): A vontade de voltar já existia há algum tempo, mas acho que quando houve um contato mais constante nosso (Dumbo, Morto e Alexandre Cunha) com o Décio, até então ex guitarrista da formação original, foi quando se deu a faísca. Daí pra frente, visto que todos demonstraram a vontade de retomar as atividades com esta formação clássica, só vem aumentando nossa empolgação.



R.A. - Quais são as expectativas com a volta do MX?
A.D.: Após termos feito alguns shows, as expectativas são as melhores possíveis, sabíamos que o MX ainda tinha força, mas as coisas estão acontecendo mais rápido do que prevíamos.

R.A. - Vocês recentemente abriram o show do Arch Enemy e Destruction. Quais foram os saldos desses shows?
A.D.: Quando recebemos o convite para o show do Arch Enemy ficamos surpresos, pois é uma banda relativamente nova, com um público muito jovem e o MX estava desativado há muito tempo, mas a Mulekada quebrou tudo, foi sensacional ver aquela galera que em sua maioria nem havia nascido quando gravamos nossos primeiros discos. No Destruction já esperávamos um público mais nossa cara e foi o que aconteceu, só aumentou um pouco a média da faixa etária, pois a quebradeira e a empolgação foi a mesma.


R.A. - A banda gravou o show de retorno para um futuro DVD, quais os detalhes que podem nos passar sobre esse DVD?
A.D.: Na verdade nós estamos gravando tudo desde a nossa volta, seja com equipamento profissional ou em um simples celular, a intenção é lançar um DVD Documentário, mas acho isso ainda leva um pouco de tempo pra ter todo material que a gente deseja.

R.A. - Uma das características da banda é o vocal executado pelo baterista Alexandre Cunha, isso não é muito comum, como e porque resolveram que o baterista iria ser uns dos vocais da banda?
A.D.: Sim, nenhum um pouco comum, mas isso não foi uma coisa combinada ou acertada previamente, foi acontecendo naturalmente. Ele sempre foi o cara que, mesmo sem ter as letras prontas já começava a encaixar as linhas vocais automaticamente nas bases e como sempre escreveram muitas das letras, acabava assumindo os vocais, e é assim até hoje.


R.A. - O MX nasceu numa época de ouro do metal nacional, quais são as melhores lembranças que guardam dessa época de ouro?
A.D.: O mais legal daquela época é que a informação, tanto de bandas gringas, lançamento de discos etc., demorava muito pra chegar ao Brasil, e também era muito difícil de encontrar técnicos de som ou aparelhagens compatíveis com o tipo de som que fazíamos. Isso, na minha opinião, proporcionava um certo misticismo em torno do Metal, o que era muito legal, pois qualquer informação, por mais ridícula que poderia ser, era a descoberta da América para nós.

R.A. - Recentemente a banda entrou no estúdio para regravar antigas músicas escolhidas pelos fãs. De onde surgiu a ideia de regravar as músicas antigas e a banda tem alguma previsão de lançamento?
A.D.: A banda ficou muito tempo parado, existe aí uma nova geração de bangers que ou nunca ouviu falar do MX, ou conhece só de nome. E vamos ser honestos que as gravações dos primeiros discos não são algo assim fantástico. Pra época aqui no Brasil foi, pois como disse anteriormente tínhamos que tirar água de pedra, então nada mais justo do que dar uma gravação um pouco mais decente pra aquelas músicas que fizeram com que o nome do MX fosse lembrado até hoje.
Simoniacal - 1988

R.A. - Quando que os fãs podem esperar um disco de inéditas do MX?
A.D.: A idéia e entrar em estúdio no final de 2013 / inicio de 2014 para a gravação de inéditas.

R.A. - Recentemente aqui na região as bandas mais significativas se uniram para organizar seus próprios shows numa turnê chamada "4 Metal Bastards Union", devido à precariedade e falta de bom senso e oportunismo dos promotores da região. O que vocês acham dessa iniciativa?
A.D.: Acho fantástico, acho que a tendência é essa, bandas unidas pra fortalecer o movimento.

R.A. - Quais os pontos em que a banda acha que melhorou em relação à cena dos anos 80 e em quais pontos ela poderia melhorar?
A.D.: Acho que a maturidade ajuda um pouco nas horas de tomar decisões, esse acredito ser um ponto positivo, agora se eu começar a apontar coisas que temos que melhorar, vamos ficar aqui o dia inteiro!!!rs

R.A. - Considerações finais e recado para os nossos leitores:
A.D.: Agradecemos ao apoio do Over Metal Zine e de todos os leitores, nos encontramos na estrada!!
O MX está de volta!



Obrigado pela entrevista e até a próxima!
Raphael Arizio - Over Metal Zine

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