sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

ELETRIC GUITAR - GUITARRA ELÉTRICA

Após encerramento do culto jovem de minha igreja tive a oportunidade de pegar uma Gibson Les Paul para tocar.  Algo extraordinário ter nas mãos um instrumento clássico do ROCK.  Isto me inspirou a fazer este post e nesta semana pesquisei sobre modelos, valores e reviews de várias guitas, além de modelos Les paul e SG para me atualizar.  Com isso resolvi postar uma explicação sobre a história da Guitarra Elétrica (chamamos de guitarra no Brasil). 


É claro que você que já entende do assunto não verá nada de tão novo mas vale o registro e explicações com fotos para aqueles que apenas admiram de longe o som das mesmas sem entender tudo que está embutido em uma guitarra para que a mesma possa invadir ouvidos, marcar e fazer história por todo mundo.
Boa Leitura! 
ORIGEM E EXPLICAÇÃO DO NOME
A guitarra elétrica (também chamada apenas de guitarra) é um instrumento musical pertencente à família das guitarras, cujo som é sempre amplificado eletronicamente. O nome guitarra refere-se a uma série de instrumentos de cordas dedilhadas, que possuem geralmente de 4 a 12 cordas tensionadas ao longo do instrumento e possuem um corpo com formato aproximado de um 8 (embora também existam em diversos outros formatos), além de um braço, sobre o qual as cordas passam, permitindo ao executante controlar a altura da nota produzida. Existem versões acústicas, que possuem caixa de ressonância e elétricas, que podem ou não possuir caixa de ressonância, mas utilizam captadores e amplificadores para aumentar a intensidade sonora do instrumento.
Os sinais elétricos podem ser simplesmente amplificados e emitidos por um alto-falante que converte os sinais elétricos em ondas sonoras, ou pode ser modificado antes de ser novamente convertido em som pelo alto-falante.
Por sua potência sonora e pela possibilidade de alteração eletrônica de diversas características de seu timbre, as guitarras elétricas são utilizadas principalmente no rock, música pop, blues e jazz, podendo ser encontradas ainda em outros gêneros musicais.
Veja as partes da Guitarra:

As guitarras, bem como a maior parte dos instrumentos de cordas são construídas pelo luthier. O músico que a executa é chamado guitarrista. Nos quadros seguintes mostramos as partes da guitarra.  Para quem é leigo no assunto começará a entender que cada parte é extremamente importante para o resultado final: solos, riffs que entrarão para a história e impactarão ouvidos atentos e desatentos ao redor do mundo.

1 - Mão / Paleta / Cabeça
2 - Pestana
3 - Tarrachas ou Cravelhas
4 - Trastes
5 - Tirante ou Tensor
6 - Marcação
7 - Braço
8 - Tróculo ou Junta do Braço
9 - Corpo
10 - Captadores
11 - Potenciometros
12 - Cavalete ou Ponte
13 - Escudo

Pesquisas linguísticas levam a crer que guitarra pode derivar-se de duas raízes indo-européias também presentes no nome grego: guit-, similar ao sânscrito sangeet, que significa "música", e -tar, uma raiz presente em várias línguas, que significa "corda" ou "acorde". O alaúde iraniano tradicional chama-se tar em língua persa, o que colabora esta versão. O tar existe há milhares de anos e pode ser encontrado em versões de 2, 3, 5, 6 , 7, 8, 9 e 12 cordas.
A palavra guitarra também pode ser derivada do termo persa qitara, que dá nome para vários membros da família dos alaúdes. O nome guitarra teria, assim, sido introduzido pelos mouros durante as invasões muçulmanas no século X.

Na maior parte dos países de língua portuguesa, o termo guitarra pode se referir a qualquer das variedades do instrumento, seja elétrica ou acústica. No Brasil e em Cabo Verde existe a designação violão para o instrumento acústico com cordas de nylon. É provável que o nome violão tenha surgido devido à semelhança com as violas no formato do corpo. Como a então guitarra era maior, passou a ser chamada popularmente de “violão” (como aumentativo de “viola”). Aos poucos o nome se consagrou no Brasil, e o termo guitarra foi quase totalmente substituído. Apenas no século XX o nome guitarra retornou ao vocabulário corrente dos brasileiros, mas apenas para designar a versão eletrificada.
No Brasil
O termo “guitarra” refere-se exclusivamente à guitarra elétrica e a palavra “violão” é usada para se referir tanto à guitarra clássica, como à guitarra acústica, esta segunda com cordas de nylon ou mesmo com cordas de aço, como no caso do violão folk ou do violão Ovation. Os dois últimos são utilizados mais comumente por instrumentistas do gênero popular, enquanto os violões de nylon são preferidos pela maioria dos violonistas clássicos e adeptos do choro, do samba, da bossa nova e estilos musicais regionais.
A palavra guitarra em português, se origina do espanhol guitarra e é utilizada, com pequenas variações, na maior parte das línguas modernas (guitar em inglês, guitare em francês, Gitarre em alemão, chitarra em italiano, entre outras). Acredita-se que o nome se origine do termo grego khetara ou khitara (que também originou o nome cítara).
DIVISÃO DAS GUITARRAS
Pode-se dividir as guitarras elétricas em dois modelos básicos: Guitarras Maciças e Guitarras Semi-acústicas
Guitarras maciças

São guitarras de construção maciça, não possuem caixa de propagação acústica, seu som natural é pouco intenso e consegue ter mais sustentabilidade na nota. Podem ter o braço embutido ao corpo (quando inteiramente feito de uma única peça de madeira), colado ou ainda parafusado. Pelo fato de não apresentarem caixa acústica, a madeira com que são construídas é a principal responsável pelo timbre que elas entoarão.
As guitarras maciças são preferidas por músicos que necessitem adicionar efeitos sonoros (principalmente distorção) e tem seu uso mais realizado para produção de músicas dos estilos e derivados do rock como o heavy metal. Os modelos mais conhecidos entre as guitarras maciças são as Fender Telescater e Stratocaster, as Gibson Les Paul e SG, bem como as guitarras Ibanez, Jackson, ESP, Washburn, muito utilizadas no Heavi Metal.
Guitarras semi-acústicas
São guitarras que possuem caixa de propagação acústica, seu tamanho é relativamente maior que as maciças e seu som natural também é mais intenso. A abertura acústica pode causar influência na captação elétrica dependendo do tipo do captador usado (maior influência com captadores passivos e menor, ou nenhuma com captadores ativos). São guitarras mais usadas sem a adição de efeitos e são preferidas por músicos na produção de músicas jazz e blues tradicional.
CAPTADORES
Os captadores são na verdade uma bobina, ou seja, consistem de magnetos enrolados por um fio (coil) criando assim o campo magnético que é perturbado pelas cordas de metal ao vibrarem em frequencias diferentes, tal perturbação no campo magnetico gera o impulso elétrico que mais tarde é convertido em som (onda mecânica).

Captadores magnéticos
A maioria das guitarras atuais utiliza captadores desta natureza. O captador de guitarra tem função de transformar as ondas mecânicas produzidas (o som), principalmente produzidas por cordas, em ondas eléctricas. Existe uma grande quantidade de tipos e qualidades de captadores no mercado, eles são habitualmente classificados levando em conta suas características técnicas: Quanto à alimentação, dividem-se em captadores ativos e captadores passivos; quanto ao número de bobinas, dividem-se em captadores simples (single-coils), captadores duplos (humbuckings) ou quádruplos (quad-rail); podem ser divididos ainda, quanto ao material magnético, em captadores cerâmicos e captadores de alnico;
Captadores passivos
Não necessitam de alimentação elétrica (fonte de energia elétrica) para funcionarem. Apresentam grande integração com os demais materiais da guitarra. Enorme variedade de timbres e qualidades. Em maioria são de alta impendância e captam interferências diversas com facilidade.
Captadores ativos
Necessitam de alimentação para funcionarem. Integração reduzida com os materiais da guitarra. Sons uniformes, previsíveis e pequena variedade de timbres. Captam menor interferência por terem menor impedância.
Captadores cerâmicos
São feitos com material mais barato e são mais comuns no mercado.
Captadores de AlNiCo
São feitos com materias mais caros e selecionados, sua qualidade normalmente é superior aos cerâmicos. Os imãs dos núcleos são feitos de uma liga de Alumínio, Niquel e Cobalto. Existem varios tipos de AlNiCo dependendo da percentagem dos componentes em sua mistura. O mais comum em captadores são os AlNiCo II e o V. Magnetos compostos de alnico tendem a soar mais vintage. São também comumente mais caros devido à materia prima.
Captadores simples (single-coils)
São estruturados apenas com uma bobina. São mais sensíveis às interferências que causam ruídos.

Em geral, o timbre resultante tende a ser mais limpo, brilhante, estalado e estridente em comparação com os humbuckers. Um exemplo do uso de captadores single é o timbre das guitarras Fender.
Captadores duplos (humbuckings ou humbuckers)
São estruturados com duas bobinas em um só corpo. Normalmente as duas bobinas funcionam em polaridades inversas. Assim cada uma elimina parte do nível de ruído da outra. Essa interação também altera a resposta tonal do captador, o que lhe confere um som diferente daquele produzido por um captador single-coil. Em geral, o timbre resultante tende a ser mais cheio, vigoroso, macio e adocicado em comparação com os single-coils. Um exemplo do uso de captadores duplos é o timbre imortalizado pelas guitarras Gibson Les Paul.
Alguns captadores duplos apresentam a mesma aparência externa tradicional dos captadores simples, pois possuem as duas bobinas empilhadas, a exemplo dos modelos HS-2 e HS-3 da Dimárxio e a série Noiseless da Fender.
Captadores quad-rail
São estruturados com quatro bobinas em um só corpo.


MODIFICAÇÕES ELÉTRICAS
As modificações podem ser inúmeras, dentre as mais comuns são a adição de: distorção, repetição (delay), reverberação, equalização, flange, phaser, wah-wah chorus. As modificações dos sinais elétricos podem ser feitas por aparelhos eletrônicos próprios como: pedais compactos, pedaleira de guitarra (tais como modelos fabricados pela Boss, Digitech e Zomm), rack de efeitos, efeitos produzidos por computador (Cakewalk Sonar 1, 2, 3, 4, 5; SoundForge, Protools) ou amplificadores de guitarra com efeitos embutidos.
Altura
A altura do som produzido depende da relação física entre o comprimento da corda, de sua tensão e sua espessura.
Basicamente, quanto mais curto o comprimento da corda, quanto mais fina a corda ou quanto mais distendida a corda, maior velocidade terão as vibrações, logo, mais aguda será a nota (ou mais alta).

A altura padrão das cordas soltas de uma guitarra (ou a afinação padrão) é igual a do violão (das cordas agudas para graves – de baixo para cima): Mi, Si, Sol, Ré, Lá e Mi. Porém, existem infinitas combinações de afinação das cordas soltas. Existem ainda guitarras com mais de 6 cordas. Sua afinação pode obedecer a razão de intervalos das anteriores ou não.
O guitarrista pode modificar a altura da nota executada de diversas maneiras. A mais comum é pressionar a corda num determinado traste para diminuir ou aumentar o comprimento da corda que vai vibrar tornando a nota mais alta ou mais baixa. Cada traste divide o comprimento da corda numa razão geométrica que altera a altura da nota sempre em semitons (de acordo com o temperamento atual). Outra maneira comum é esticar ou até distender a corda com o uso de técnicas como “bend” e alavancada, essa técnica tira o temperamento original do instrumento.
Intensidade
A intensidade do som produzido depende respectivamente da intensidade de vibração das cordas, da proximidade das cordas do captador magnético, da qualidade e tipo de captador magnético, da quantidade de sinal eléctrico perdido nos cabos eléctricos, do nível de amplificação eléctrica e da qualidade e tipo do alto-falante, dentre outros factores.
Temperamento musical
A maioria das guitarras elétricas convencionais possuem o braço dividido em trastes que determinam a relação de altura entre as notas. Ou seja, são instrumentos musicais temperados.

Bem essa explicação ainda é resumida e básica mas esclarece algumas questões.  Ao logo dos anos a guitarra marcou várias gerações e com isso muitos se tornaram ícones.  Segundo a revista Rolling Stones o maior guitarrista de toda a história foi Jimi Hendrix,
mas além dele tantos outros saíram do anonimato para o reconhecimento mundial por causa dela, entre eles Jimmy Page, Ritchie Blackmore, Tony Iommi, Eric Clapton, Eddie Van Halen, Yngwie Malmsteen, Steve Vai, Joe Satriani, Slash entre tantos outros.  No Brasil também temos nossos talentos como RAFAEL BITTENCOURT, KIKO LOUREIRO, ANDREAS KISSER, MOZART MELLO, TOMATI, EDU ARDANUY, FAÍSKA, PEPEU GOMES entre tantos assim como o cristão JUNINHO AFRAM (OFICINA G3), que desde o final dos anos 90 tem seu espaço na mídia secular sendo respeitado e conhecido em todo Brasil.  
Obrigado pela visita e até o próximo post.
God Bless you.


Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Guitarra_el%C3%A9trica; http://pt.wikipedia.org/wiki/Guitarra; www.myspace.com/filipelima17

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será analisado. Após avaliação o mesmo será postado.