terça-feira, 21 de maio de 2013

FERNANDA TERRA: BATERISTA FALA SOBRE ATUAL MOMENTO DA CARREIRA E MAIS DETALHES SOBRE SUA NOVA BANDA KOMBATO



No sábado dia 17/05/2013 aconteceu o VR do Rock e duas bandas fizeram apresentações marcantes, Dark Slumber (Dark Metal) e Korzus (Thrash Metal).

Após conversa com a banda Korzus tive a oportunidade de conhecer pessoalmente Fernanda Terra, ex baterista da banda Nervosa e atualmente baterista da banda Kombato (Thrash Metal) que prepara sua estreia nos palcos em breve.  Fernanda nos atendeu, registramos o momento e tivemos uma breve conversa, onde maiores detalhes foram respondidos posteriormente pela internet.


Nesta entrevista Fernanda responde claramente cada pergunta, além de esbanjar simpatia, demonstra estar com muita garra para encarar o novo projeto e desafio de sua carreira a banda Kombato.

Bem aí está mais uma entrevista realizada pelo Over Metal Zine.  Confira na íntegra!
Boa Leitura!


Filipe Lima – Over Metal (F.L.) Obrigado por nos atender prontamente para a realização desta entrevista.

Fernanda Terra (F.T.): Imagina, obrigada você.

F.L. - Para aqueles que ainda não conhecem sua história, Relembre de forma resumida o seu primeiro contato com o Heavy Metal e quando ou de que forma apareceu a bateria em sua vida e os primeiros passos até os dias atuais (onde você conquistou seu espaço e respeito no Metal Nacional)?  Foi paralelo um ao outro?
F.T.: Não foi paralelo não, eu comecei a ouvir metal vendo fúria metal, clip trip, esses programas de TV do começo dos anos 90. Fui começar a tocar bateria em 92 quando fui morar em Brasília, minha primeira banda tocava For Whom the Bell tolls do Metallica e Iron Maiden do Iron Maiden, tudo errado, mas a gente tocava ahaha


F.L. - Quais são suas referências gringas e/ou brasileiras na Bateria que você considera seus grandes Mestres?
F.T.: No metal Dave lombardo, Vinnie Paul, Charlie Benant, Gene Hoglan, Igor Cavalera, Aquiles Priester, Fernandão Schaeffer, Rodrigo Oliveira, mas admiro outros bateras que não são do metal, como Mitch michels, keity moon, chad Smith, João Barone entre outros

F.L. - Bandas com algumas mulheres ou totalmente composta só com Mulheres já é uma realidade no Metal brasileiro desde meados da década 80.  Ainda hoje existe resistência e espanto ou os marmanjos, que são maioria, encaram isso de forma diferente? Compartilhe sua experiência e faça suas observações do que pode melhorar (Se houver algo a ser melhorado).
F.T.: Ah ainda rola um pouco, mas já melhorou muito... Antigamente a cena feminina era bem menor, tanto em cima do palco quanto no publico, já teve show que eu era a única mulher do pico, os caras até invadiam o palco...Hoje em dia se tornou uma coisa mais comum, e com isso a galera foi encarando de uma forma diferente, aprendendo a respeitar e tudo mais, mas não sei o que fazer isso melhorar 100porcento, acho que só com o tempo mesmo pra isso se tornar uma coisa completamente normal.


F.L. - Como é voltar ao primeiro degrau e montar uma nova banda começando tudo do zero?
F.T.: O maior trampo, mas vamos que vamos que o rock não pode parar, acredito que nada é por acaso, e a força que você deposita em alguma coisa é o tamanho do retorno que você vai ter daqui um tempo.

F.L. - Refazer esse processo depois de alguns anos de estrada é mais fácil ou é uma balança com dois pesos (pontos positivos e negativos)?
F.T.: Ah mais fácil né? Porque sempre tem o público da ex banda que segue a banda nova, o produtor do show que confia no trabalho e contrata pra outro show, a experiência só vai crescendo, não vejo pontos negativos nisso não, o respeito vem com a idade.

F.L. - Se há dificuldades quais são?
F.T.: A dificuldade é realmente o fato de começar tudo do zero, se entrosar com os componentes novos, compor tudo de novo, gravar demo, gravar clipe... Enfim demora um certo tempo pra conseguir um retorno do novo trabalho, mas o ponto positivo é que você já tem toda a experiência passada e com certeza rolou uma evolução do ex trabalho pro trabalho atual.

F.L. - A Kombato surgiu num momento de "Intervalo" (breve parada se assim posso classificar) na sua carreira, você chegou a citar que havia um certo desânimo quando surgiu a oportunidade de integrar a Kombato - você pode falar um pouco sobre o que levou a esse ponto na época?
F.T.: Bom, eu investi muita energia na minha ex banda, e na hora que fui colher o que plantei rolou um atrito na banda e não pude gravar nem o que eu criei o ano inteiro, isso é completamente desanimador, não me arrependo de ter saído da banda e nem voltaria atrás na minha decisão, mas seria lindo se fosse tudo diferente, e a banda ainda estivesse firme, sem conflito interno.
Eu ia realmente dar um tempo depois de 20 anos sem parar, emendando uma banda na outra, mas o Juan começou a me empolgar com a Kombato, e agora to numa nova fase, nem me chateia mais também o trabalho que perdi o tempo compondo e não pude registrar, essa nova fase é muito mais a minha cara.

F.L. - Qual a proposta que a Kombato está se propondo a trazer e apresentar ao público Brasileiro?
F.T.: Thrash Metal, todos nos temos uma influencia punk, mas não acho que vai sair um som Crossover, porque a intenção é fazer um som mais elaborado, mas não sei se tem como anular as influencias no Punk. 

F.L. - Já existem novas composições em processo de gravação como está o andamento do primeiro registro da Kombato?
Estamos em fase de pré-produção das 4 músicas da primeira demo.

F.L. – Rodrigo Oliveira baterista do Korzus está encarregado da produção.  Como aconteceu e surgiu essa escolha e parceria?
F.T.: Foi meio natural, ele era meu amigo faz tempo e começou a colar nos ensaios, a ideia veio dele, e banda inteira adorou, eu achei que ia somar muito, além dele ter experiência há anos no metal, a historia de ter um batera competente produzindo é bem interessante, ele já falou que vai pegar no meu pé.

F.L. - Quais são os desafios pra manter-se ativo (produzindo/gravando novos trabalhos, etc.) no metal nacional atualmente? São os mesmos desafios de 10/15 anos atrás?
F.T.: Não, hoje em dia é realmente tudo mais fácil. Vou falar sobre a minha realidade, há 15 anos eu estava tocando Hardcore, e não por falta de vontade de tocar metal, o acesso era muito difícil, eu não conhecia muita gente que tocava, muitos tinham preconceito em por uma mulher numa banda, ainda mais na bateria. Não era todo mundo que tinha computador, ou seja, não tinha muita internet, eu já até arrisquei a colocar cartaz na galeria do rock procurando banda nessa época, mas ligava uma galera muito nada a ver, fora da realidade, cobrando cachê pra ensaiar rsrsrs. Hoje em dia é tão fácil, anunciaram minha saída da ex- banda, e já tinha um monte de propostas pra montar ou entrar em outras bandas nas mensagens do meu facebook, tudo ficou mais fácil com a internet, fora que hoje em dia tem muita gente que toca, da até pra ter mais que uma banda se quiser.

F.L. - Até aqui quais foram às lições aprendidas?
F.T.: Sempre correr atrás do que quer porque nada cai do céu, fazer as coisas profissionalmente, encarar como um trabalho mesmo, gravar num lugar bom, ter uma boa produção, e nunca tocar de graça, pagar pra tocar nem pensar.

F.L. - Em poucas palavras defina o que acha dessas bandas:
- Ramones: só hit com velocidade em 3 acordes, quem não gosta de Ramones bom sujeito não é.
- Slayer: Sem Dave Lombardo e Jeff Hanneman, ficou fraco, gosto das formações originais, tem muita coisa boa com o Paul Bostaph também, mas não tem como comparar
- Death: Só passou músico competente por ali, todos os bateras são impressionantes, mas o Gene Hoglan é meu preferido
- Sepultura: Volta Cavalera ahaha, nada contra o Derik e o Eloy, eles são ótimos, mas como já disse gosto das primeiras formações das bandas, e sem os Cavaleras soa muito estranho.
- Pantera: uma das minhas bandas preferidas, e é muito triste saber que nunca vou ver ao vivo, comprei o ingresso numero um daquela vez que eles cancelaram o show do Olímpia nos anos 90, e nunca mais voltaram, enfim Dimebag Darrell morreu e ninguém substitui.



F.L. - Além de gravar a primeira demo e começar a fazer shows com a Kombato, o que você tem planejado para futuro?
F.T.: A gente já tem a ideia e tudo planejado pra fazer o primeiro clipe, queremos gravar o cd em pouco tempo, tem muita coisa por vir que ainda estão nos planos ainda, mas não vejo a hora de começar a realizar. Mas uma coisa de cada vez, que venha a demo primeiro.

F.L. - O que já tem de agenda fechada para estréia e primeiras aparições da Kombato?
F.T.: O primeiro show no Oz Rock Fest que vai rolar em Osasco no dia do rock, esse é o que realmente ta confirmado, mas já estamos negociando em SP, no interior de SP, sul do pais e capital do Rio.

F.L. - CONSIDERAÇÕES FINAIS!
F.T.: Filipe, obrigada pela oportunidade da entrevista ao Over Metal.
E é isso ae galera, espero que vocês gostem do meu novo trabalho assim como eu estou gostando e logo mais espero estar tocando em sua cidade. Valeu!
FERNANDA TERRAKOMBATO

Fernanda obrigado mais uma vez por nos atender, mantenha o Over Metal Zine informado das novidades da Kombato, Grande abraço e até a próxima!

Filipe Lima - Over Metal Zine

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